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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

DEMATAMENTO PARA O TURISMO?

       Eu estava fazendo um tour pelo Google Map em busca da localização dos supostos Vulcões do Mendanha e de Nova Iguaçú, quando me deparei com a impressionante imagem de satélite da pista de parapente do Mendanha a direita do mapa, a esquerda ficam torres de transmissão. É revoltante como pessoas que se dizem ecologicamente corretas, amantes da natureza, etc... fazem esta devastação imensa em uma área de Proteção Ambiental, de Mata Atlântica primária ainda preservada, apenas para satisfazer seus egos e vaidades. Não se compara o tamanho da área destruída em relação às torres de transmissão das TVs que por sinal são imensas e no entanto não impactaram tanto a mata no entorno. Fica aqui registrado meu protesto e espero que autoridades como o IBAMA, Fundação SOS Mata Atlântica, FEEMA, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, dentre outras, façam a sua parte para impedir agressões como esta na Serra do Mendanha.
CLIQUE AQUI PARA VER O MAPA

MARITACAS


       Fiquei feliz pois hoje por volta das 08:00hs da manhã, e depois de muito tempo, ouvi uma revoada de maritacas gritando pelo bairro. Meu pai foi ver e disse que estavam em um bando de apenas três delas. Gostaria que estivessem em bando de trinta ou mais indivíduos, mas infelizmente quando se houve a gritaria delas os caçadores de aves silvestres correm para a mata e as apreendem sem a menor coinciência de que que estão destruindo um ecossistema muito importante aqui do Maciço do Mendanha na cidade do Rio de Janeiro, onde temos ainda uma Mata Atlântica primária para ser preservada.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

LAMENTO...

          É com tristesa e pesar que deixo aqui meu protesto quando a falta de fiscalização e descaso com que é tratada a APA (Área de proteção ambiental)  do Mendanha. Na tarde do dia 12 de outubro deste ano (2010), fomos fazer uma caminhada pela estrada do Guandu, pegamos o caminho do Piabas e o caminho do Pombo. Reparamos que o que a floresta original de Mata Atlântica primária de qeu tanto admirava está  A C A  B A N D O. Resta somente alguns nichos de mata no topo da serra do Mendanha. A vista de baixo é imensos bananais, áreas devastadas, pista de parapentes, e mais e mais antenas de telecominicações. E a floresta?  Notei também que as jaqueiras realmente estão se alastrando sufocando a vegetação nativa. os riachos estão poluídos. Pequenos sítios ao pé da serra estão sendo desmatados e loteados para residências. Conversando com moradores antigos tive a informação de que o tatu, pacu, pato do mato, preá, bicho preguiça já não se vê mais na região se existem só mesmo em mata mais fechada no alto da serra. Nem se fala mais na jaguatirica , mico leão dourado e  o veado campeiro que já são extintos na região. Os micos e jararacas ainda resistem mas foi observado que algumas pencas de bananas maduras estavão ainda intactas, sinal que os micos já não estão mais numerosos a ponto de deixarem as bananas maduras sem serem tocadas. Além dos bananais vi uma plantação de eucalipto no caminho do Piabas. O clima da região também mudou. Enfim... tive uma sensação de perda e a visão de um futuro desastroso de devastação dessa floresta, que quando eu vim morar por aqui perto era magnífica. Na época havia um bicho preguiça na mangueira no quintal do visinho que depois o bicho por si só voltou pro mato. Soube que a cervejaria Cintra comprou uma área grande no alto da serra que ao meu ver deve-se ao fato de lá se obter água com qualidade e abundante direto da fonte. Espero que a Cintra tenha algum projeto de sustentabilidade no aproveitamento dos recursos da floresta e não somente extrair dela o melhor sem nada para lhe oferecer. Fica aqui meu protesto, lamento e esperança de um dia ver esse quadro se reverter.


          A foto acima mostra claramente o que vem acontecendo. Foto retirada da internet. Quem souber da autoria da foto por favor me informem para eu dar o devido crédito.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

SALVE O CÓDIGO FLORESTAL

Compartilho com todos o email da Graziela da Avaaz.

A Comissão Parlamentar Especial responsável pelo Código Florestal vota esta semana e agendamos uma entrega da petição ao Congresso em 48 horas! Já temos 96.000 assinaturas mas precisamos de ainda mais, encaminhe este alerta para todo mundo e vamos conseguir 200.000 nomes até quarta-feira!

http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl

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Assine
 a petição!A petição pela proteção do Código Florestal será entregue ao Congresso em 48 horas e precisamos de mais assinaturas! Assine abaixo e depois encaminhe este alerta para os seus amigos quara que possamos conseguir 200.000 nomes:

Assine a 
petição!
Caros amigos,

Esta semana a comissão parlamentar especial irá dar o seu voto – a favor das florestas ou ao agronegócio.

Com a crescente demanda popular pela proteção de nossas florestas, a bancada ruralista está pressionando os líderes partidários e aumentando os seus esforços para acabar com o nosso Código Florestal.

A petição pela defesa do código e proteção ambiental já tem mais de 96.000 assinaturas, mas ela será entregue aos líderes dos partidos esta quarta-feira e precisamos de ainda mais assinaturas!. Está na hora de falarmos mais alto do que os interesses dos grandes agronegócios e mostrar ao congresso que, em ano de eleição, eles devem ouvir o povo brasileiro. Assine abaixo e encaminhe para todos que você conhece. Vamos conseguir 200.000 assinaturas em 48 horas para proteger as florestas!

http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl

Enquanto o mundo todo está discutindo como preservar nossas florestas para futuras gerações, um grupo de deputados está fazendo exatamente o contrário: estão tentando entregar as nossas florestas para os responsáveis pela devastação e desmatamento do Centro-Oeste e da Amazônia.

As propostas absurdas incluem:
  • Reduzir ou até mesmo elimintar a Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro, para certas propriedades
  • Anistia total aos crimes ambientais, sem tornar o reflorestamento da área uma obrigação
  • Transferir a legislação ambiental para o nível estatal, removendo o controle federal
Essa não é uma escolha entre ambientalismo e desenvolvimento, um estudo recente mostra que o Brasil ainda tem 100 milhões de hectares de terra disponíveis para a agricultura, sem ter que desmatar um único hectare da Amazônia. A proteção das floretas e comunidades rurais depende do Código Florestal, assim como a prevenção das mudanças climáticas e a luta contra a desigualdade do campo. Só temos 48 horas até a entrega da petição, assine agora no link abaixo!

http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl

Juntos nós podemos mostrar ao mundo que o Brasil não está preso em modelos desenvolvimentistas do século passado, em que a destruição ambiental era necessária para o crescimento. Nós podemos provar que estamos a frente de nosso tempo, e podemos crescer de forma sustentável.

Temos apenas 2 dias antes da entrega, vamos atingir 200.000 assinaturas para mostrarmos ao congresso que depois da Ficha Limpa, a sociedade brasileira está mais uma vez unida para defender o nosso Código Florestal!

Com esperança,

Graziela, Alice, Luis, Ricken, Iain, Paul, Pascal e toda a equipe Avaaz

Read more information below:

Mudança no Código Florestal pode resultar no desmatamento de 80 milhões de hectares:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/21/brasil,i=198600/MUDANCA+NO+CODIGO+FLORESTAL+PODE+RESULTAR+NO+DESMATAMENTO+DE+80+MILHOES+DE+HECTARES.shtml

País tem 100 mi de hectares sem proteção:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100505/not_imp547054,0.php

Bancada ruralista fecha acordo para votar código florestal:
http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=35418

Ministra critica mudanças propostas por Aldo sobre Código Florestal:
http://www.gabeira.com.br/noticias/temas/meio-ambiente/2421--ministra-critica-mudancas-propostas-por-aldo-sobre-codigo-florestal x






quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jogos e Gadgets | Greenpeace Brasil

Jogos e Gadgets | Greenpeace Brasil

CÓDIGO FLORESTAL

Recebi um email do Greenpeace a respeito do Código Florestal e compartilho com todos. Vamos nos unir e assinar a petição.




Olá, ciberativista
Código Florestal: o jogo segue


É época de Copa, as atenções de todo o mundo estão voltadas para a África do Sul. Mas, a mobilização para impedir mudanças no Código Florestal continua. Aqui no Brasil, da-lhe vuvuzela no ouvido dos políticos.
Assine a nova petição para proteger as florestas brasileiras.
Assine a petição
No dia 28 de junho, Comissão Especial da Câmara criada para botar abaixo o Código Florestal vai votar o projeto. É a nova oportunidade que temos de dizer não. Agora, a bola está nos pés do deputado Michel Temer (PMDB-SP). presidente da Câmara dos Deputados, ele pode brecar a investida da bancada ruralista contra nossas florestas. Como candidato à vice-Presidência do país, é a hora de exigirmos de Temer seu posicionamento sobre uma lei que vai determinar se o verde de nossa bandeira continuará a existir.

Não é exagero. Caso a proposta da bancada ruralista seja aprovada, pelo menos 85 milhões de hectares de floresta que hoje estão protegidos por lei vão ficar vulneráveis às motosserras. Num cálculo conservador, essa brecha faz com que 31,5 bilhões de toneladas de CO₂ saiam das matas brasileiras direto para a atmosfera. São sete vezes mais do que a meta de redução com que o governo brasileiro se comprometeu mundialmente até 2020.
Além de legitimar mais desmatamento para o futuro, o relatório ainda anistia quem devastou ilegalmente no passado. E passa para os estados o poder de decidir como bem entender as áreas que devem ou não ser preservadas. Inúmeros pesquisadores foram à imprensa dizer que a nova proposta é a sentença de morte para nossas florestas. E como consequência, também dos rios e do equilíbrio climático mundial.
Por isso, como brasileiros, é nosso dever defender que o Código Florestal permaneça intocado. O ano eleitoral já começou. Exija que o tema saia das quatro paredes, onde deputados em fim de mandato tentam decidir sozinhos o futuro do país. Peça a Michel Temer que pare a proposta dos ruralistas e que torne o Código Florestal um assunto a ser amplamente debatido durante as eleições. Não só entre políticos, mas, principalmente, pela população. Vuvuzela neles!
Rafael Cruz
Abraços,
Rafael Cruz
Rafael Cruz
Coordenador de campanha
Greenpeace

Greenpeace online:

Ajude o Greenpeace a proteger as florestas
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» Torne-se um ciberativista também
» Encaminhe esse e-mail para um(a) amigo(a)

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terça-feira, 15 de junho de 2010

Caros amigos,

Um grupo de deputados estão tentando enfraquecer as proteções ambientais no Brasil, matando nosso Código Florestal. Vamos deixar claro que os brasileiros não permitirão um retrocesso na proteção das nossas florestas. Clique abaixo:

Envie uma mensagem agora!

É chocante, mas o congresso brasileiro poderá abrir oficialmente uma "temporada de desmatamento", nas 5 regiões do Brasil, significando um retrocesso de décadas em proteção ambiental!

Mais de 70 deputados da bancada ruralista, representando os intersses do agronegócio, estão tentando enfraquecer o Código Florestal brasileiro. Se eles conseguirem, milhões de hectares deixarão de ser protegidos por lei!

O Congresso está dividido - há uma forte oposição dos parlamentares ambientalistas mas os dois maiores partidos, o PT e o PMDB, ainda não assumiram uma posição. Porém, a não ser que haja uma grande pressão popular, é provável que eles se alinhem com os ruralistas para ganhar apoio político nas eleições de outubro. Chegou a hora de mostrar o que o Brasil quer! Vamos enviar milhares de mensagens direto para os emails dos líderes partidários, eles estão negociando o posicionamento dos seus pertidos agora mesmo! Clique abaixo e envie a sua:

http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/?vl

As propostas mais perigosas são: a anistia irrestrita ao desmatamento ilegal ocorrido até 2008, a eleminação da Reserva Legal para propriedades de até 4 módulos rurais inclusive na Amazônia e a transferência da regulamentaçõa para o nível estatal, flexibilizando a lei. As propostas são uma grave ameaça à preservação ambiental, reduzindo dramaticamente as áreas atualmente protegidas.

Grupos ambientais estão fazendo tudo o que podem para impedirem os ruralista, mas eles precisam de nossa ajuda. Mais de 90.000 brasileiros assinaram a petição para salvar o Código Florestal em menos de duas semanas. Mas agora nós precisamos aumentar a pressão e enviar milhares de mensagens ao líderes partidários. Os líderes estão negociando o posicionamento dos partidos agora mesmo - envie uma mensagem para eles, deixando claro que não queremos alterações no Código Florestal!

http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/?vl

Nós precisamos acabar com o mito de que a preservação ambiental é uma ameaça ao desenvolvimento. Um estudo recente mostra que o Brasil possui mais de 100 milhões de hectares disponíveis para agricultura, ou seja, há terra suficiente para produzir. O Brasil tem o privilégio de ser um país rico em recursos naturais e temos a rara oportunidade de crescer de forma sustentável. É nossa responsabilidade desenvolver e preservar ao mesmo tempo. Envie uma mensagem agora, não deixe que eles acabem com o Código Florestal!

Com esperança,

Graziela, Alice, Ricken, Ben, Iain, Milena, Mia e toda a equipe Avaaz

Leia mais sobre o assunto:

País tem 100 milhões de hectares sem proteção - Estadão:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100505/not_imp547054,0.php

Apagão Ambiental: seria cômico, não fosse trágico - IPAM:
http://www.ipam.org.br/blogs/Apagao-Ambiental-seria-comico-nao-fosse-tragico/67

Marina: mudança no Código Florestal é retrocesso:
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/06/10/marina-mudanca-no-codigo-florestal-retrocesso-298695.asp

Ambientalistas criticam o texto apresentado pelo relator sobre o novo Código Florestal Brasileiro:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/09/politica,i=196793/AMBIENTALISTAS+CRITICAM+O+TEXTO+APRESENTADO+PELO+RELATOR+SOBRE+O+NOVO+CODIGO+FLORESTAL+BRASILEIRO.shtml


A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 4,9 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 13 países de 4 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.


Para entrar em contato com a Avaaz não responda este email, escreva para nós no link www.avaaz.org/po/contact.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Nova marca para a British Petroleum

Crie uma nova marca para a British Petroleum, capaz de melhor representar a empresa


O site LogoMyWay soltou uma competição onde o desafio consiste em um novo logo para a BP – Britsh Petroleum, que melhor possa representar a empresa, responsável pelo desastre ecológico causado pelo vazamento de óleo no Golfo do México. No briefing as exigências são: Representar os impactos ambientais, mortes da fauna e flora e a incompetência da empresa.
O responsável pelo melhor logo, escolhida por votação popular, vai faturar US$ 200 e uma puta moral, pois o logo escolhido será usado em campanhas pela mídia e camisetas.
LogoMyWay funciona como uma comunidade de designers onde qualquer cliente pode enviar um briefing e fechar o serviço por um pequeno custo (50 a 200 dólares). E qualquer membro da comunidade pode pegar o job e mandar sua sugestão, o que possibilita ao eventual cliente receber várias opções para o mesmo trabalho.

O Greenpeace também lançou campanha simular em protesto a BP. Você pode participar por aqui e ver os trabalhos já feitos aqui.

 Artigo extraído do Reader.

TWITTER IS OVER CAPACITY (PARTE 4)

do Kibe Loco - A verdade é ácida e o kibe é cru! Se você não sabe por que o Twitter apresentou tantos problemas nas últimas horas, taí o motivo: Golfo do México.

Do Oskar Krawczyk.

Lugar de pássaro é fora da gaiola.

Este desenho resume o que não deveria acontecer...
RAOUF MOHSENI

Humor - Solução para o vazamento de petróleo

Um pouco de humor não faz mal... Sem deixar de lado nossa insatisfação quanto a este desastre ecológico.

Solução para o vazamento de petróleo

Finalmente Obama resolveu procurar a pessoa certa pra solucionar o vazamento de petróleo no golfo do México.





como acabar com vazamento petroleo

CALA BOCA GALVÃO

O artigo abaixo postado no blog Ypsilon2 sinaliza o quanto o mundo se preocupa com nossa questão ambiental e que se mobiliza em defesa e apoio à nossa fauna e flora nativas, mesmo sendo um "caô" que ganhou fama internacional. 

O fenômeno “CALA BOCA GALVÃO” e o dia em que o Brasil sacaneou o mundo

“CALA BOCA GALVÃO” está sendo a expressão mais comentanda no mundo do Twitter durante o início da Copa.
Em pouco tempo, as palavras “CALA BOCA GALVAO” e “BOCA GALVAO” ocuparam o 1º e 3º lugares em mensagens mais twittadas, enquanto FIFA WORLD CUP e #WORLDCUP ficaram em 5º E 6º! E tal fenômeno continua no topo mundial dos assuntos mais comentados no Twitter (no momento que escrevo esse post, CALA BOCA GALVAO está em primeiro), causando um grande constrangimento a Globo e principalmente ao Galvão Bueno.
Inicialmente, os usuários do twitter em outros países pensaram que o “CALA BOCA GALVÃO” tratava-se de uma campanha no Brasil pedindo proteção a uma ave em extinção. Um usuário do twitter nos Estados Unidos postou: “Galvão é uma ave muito rara no Brasil. CALA BOCA significa SAVE, os brasileiros estão muito tristes porque muitas GALVAOS morrem todos os dias”. E ainda: “CALA BOCA GALVAO, o mundo não pode viver sem esse pássaro!”. Outros perguntaram se era uma campanha da ONG ambiental Greenpeace: “Cala Boca Galvão é um novo projeto do Greenpeace?”
Ao saber das proporções que o termo tomou, o público brasileiro começou a fazer campanhas para que a expressão se tornasse líder do TT mundial, ganhando comunidade no Orkut, conta no Twitter e até mesmo uma conta no Twitter para o Instituto Galvão, que estaria ajudando as aves, prometendo que cada tweet com a hashtag seria doado 10 centavos para a causa. (é mole?)


Popout
A brincadeira começou a se expandir e tomar proporções gigantescas, com até mesmo um “single“, e alguns blogs postando-o como sendo um novo hit da Lady Gaga.
Porém, quando os internautas de outros países descobriram que não se tratava de uma campanha ambiental dos brasileiros pedindo a proteção do “Cala Boca Galvão”, começaram a publicar no twitter: “CALA BOCA GALVAO não é uma ave rara no Brasil. Isso significa “Cala a boca Galvão” um locutor esportivo odiado por pessoas aqui em baixo”. (Vejam que para se referir ao Brasil alguns gringos utilizaram a expressão “pessoas aqui em baixo”.)
Não deixando barato, alguns brasileiros começaram a escrever: “Mano, esses gringos são mt buuuurros. Não sabem de porra nenhuma e ficam falando que CALA BOCA GALVAO é uma campanha”. Outros postaram: “CALA BOCA GALVAO vai entrar pro Guiness Book como a maior piada interna de um país inteiro. E o mundo inteiro caindo!” E por fim, alguns internautas disseram: “O dia em que o Brasil sacaneou o mundo”.
Os famosos também se manifestaram em suas páginas pessoais do microblog. O ex-goleiro e agora comentarista Ronaldo não hesitou em manifestar sua desaprovação contra Galvão.“Vamos contar quantas vezes o Galvão vai falar… É mais que uma copa…..puts grilla meu”, disse. “Puta cara chato da p…”, complementou. O apresentador do Pânico na TV Rodrigo Scarpa, mais conhecido como Repórter Vesgo, também teceu o seu comentário: “Galvao Bueno narra ate velório se precisar! Galvão o Brasil te ama!”.
Outro exemplo de chacota dos internautas com Galvão e a Globo vem de um internauta brasileiro que comentou: “CALA BOCA GALVAO é um novo projeto do Greenpeace para reduzir a poluição sonora”.
O fato é que a piada ganhou o mundo da internet, e o Galvão Bueno e a Globo estão sendo ridicularizados pela web, e tal fenômeno já é notícia nos principais veículos brasileiros e internacionais.
Por fim, no seu Twitter oficial, Galvão Bueno se fez de indiferente a chacota internacional a partir do Brasil, apenas disse que se chegasse a 1 milhão de seguidores ele se calaria, e escreveu uma “romântica” frase: “Amo todos vocês”.

***UPDATE*** Ao que parece, a conta de Galvão Bueno é falsa, segundo essa matéria, Galvão Bueno não possui Twitter. O que na minha opinião torna todo o fenômeno mais hilário ainda :)

via via via
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Recebi email da Graziela do site Avaaz que repasso para todos.



Caros amigos,

Um grupo de deputados estão tentando enfraquecer as proteções ambientais no Brasil, matando nosso Código Florestal. Vamos deixar claro que os brasileiros não permitirão um retrocesso na proteção das nossas florestas. Clique abaixo:

Envie uma mensagem agora!

É chocante, mas o congresso brasileiro poderá abrir oficialmente uma "temporada de desmatamento", nas 5 regiões do Brasil, significando um retrocesso de décadas em proteção ambiental!

Mais de 70 deputados da bancada ruralista, representando os intersses do agronegócio, estão tentando enfraquecer o Código Florestal brasileiro. Se eles conseguirem, milhões de hectares deixarão de ser protegidos por lei!

O Congresso está dividido - há uma forte oposição dos parlamentares ambientalistas mas os dois maiores partidos, o PT e o PMDB, ainda não assumiram uma posição. Porém, a não ser que haja uma grande pressão popular, é provável que eles se alinhem com os ruralistas para ganhar apoio político nas eleições de outubro. Chegou a hora de mostrar o que o Brasil quer! Vamos enviar milhares de mensagens direto para os emails dos líderes partidários, eles estão negociando o posicionamento dos seus pertidos agora mesmo! Clique abaixo e envie a sua:

http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/?vl

As propostas mais perigosas são: a anistia irrestrita ao desmatamento ilegal ocorrido até 2008, a eleminação da Reserva Legal para propriedades de até 4 módulos rurais inclusive na Amazônia e a transferência da regulamentaçõa para o nível estatal, flexibilizando a lei. As propostas são uma grave ameaça à preservação ambiental, reduzindo dramaticamente as áreas atualmente protegidas.

Grupos ambientais estão fazendo tudo o que podem para impedirem os ruralista, mas eles precisam de nossa ajuda. Mais de 90.000 brasileiros assinaram a petição para salvar o Código Florestal em menos de duas semanas. Mas agora nós precisamos aumentar a pressão e enviar milhares de mensagens ao líderes partidários. Os líderes estão negociando o posicionamento dos partidos agora mesmo - envie uma mensagem para eles, deixando claro que não queremos alterações no Código Florestal!

http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/?vl

Nós precisamos acabar com o mito de que a preservação ambiental é uma ameaça ao desenvolvimento. Um estudo recente mostra que o Brasil possui mais de 100 milhões de hectares disponíveis para agricultura, ou seja, há terra suficiente para produzir. O Brasil tem o privilégio de ser um país rico em recursos naturais e temos a rara oportunidade de crescer de forma sustentável. É nossa responsabilidade desenvolver e preservar ao mesmo tempo. Envie uma mensagem agora, não deixe que eles acabem com o Código Florestal!

Com esperança,

Graziela, Alice, Ricken, Ben, Iain, Milena, Mia e toda a equipe Avaaz

Leia mais sobre o assunto:

País tem 100 milhões de hectares sem proteção - Estadão:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100505/not_imp547054,0.php

Apagão Ambiental: seria cômico, não fosse trágico - IPAM:
http://www.ipam.org.br/blogs/Apagao-Ambiental-seria-comico-nao-fosse-tragico/67

Marina: mudança no Código Florestal é retrocesso:
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/06/10/marina-mudanca-no-codigo-florestal-retrocesso-298695.asp

Ambientalistas criticam o texto apresentado pelo relator sobre o novo Código Florestal Brasileiro:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/09/politica,i=196793/AMBIENTALISTAS+CRITICAM+O+TEXTO+APRESENTADO+PELO+RELATOR+SOBRE+O+NOVO+CODIGO+FLORESTAL+BRASILEIRO.shtml





A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 4,9 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 13 países de 4 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.

Esta mensagem foi enviada para ruth.cristina@gmail.com. Para mudar o seu email, língua ou outras informações clique aqui. Não quer mais receber nossos alertas? Clique aqui para remover o seu email.

Para entrar em contato com a Avaaz não responda este email, escreva para nós no link www.avaaz.org/po/contact.

domingo, 6 de junho de 2010

Reserva Legal (RL) e Área de Preservação Permanente (APP)

Recebi este email do Sr. Aldo Rebelo e repasso para todos o conteúdo, a fim de compartilhar e buscarmos juntos as soluções e respostas para nossas reinvidicações.

Prezados,

Agradeço pelas opiniões, sugestões e críticas que tenho recebido de todos os que se manifestaram por meio do abaixo-assinado da ONG Greenpeace.

Muitas pessoas, em suas respostas, referiram-se aos temas Reserva Legal (RL) e Área de Preservação Permanente (APP).

A Comissão Especial do Código Florestal ouviu 378 pessoas, entre representantes de ONGs, universidades, órgãos ambientais e agricultores, em 18 Estados da federação. Do inventário de problemas, foram exatamente a RL e a APP que se destacaram pela intensidade com que foram abordadas.

Como relator da Comissão, apresentarei nesta mensagem as visões e as possíveis soluções em torno dos dois temas.

A RL é, coincidentemente, o instituto mais antigo do Direito Ambiental brasileiro. Data de antes da Independência do Brasil, quando foi proposto pelo patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva. Trata-se da área da propriedade rural que não pode ser utilizada para a agricultura ou pecuária, devendo permanecer intocada.

Bonifácio propôs a RL como forma de dispor de madeira acessível para a construção naval, civil e fonte de energia. Naquele período, as propriedades chamadas sesmarias eram medidas em léguas, muito diferente da atual estrutura fundiária do País. A RL também é ocorrência única no Direito Ambiental, vez que não consta de nenhuma legislação europeia, nem da norte-americana, o que dificulta qualquer tentativa de direito comparado.

A RL no Brasil foi definida no Código de 1965 na proporção de 20% para a Mata Atlântica e para o Cerrado e 50% para a Amazônia. Depois, no caso da Amazônia, a área de RL foi ampliada para 80%.

Acontece que, por políticas do próprio governo, essas áreas de RL nunca foram respeitadas. Há casos de recusa de financiamento público para proprietários que não ocuparam toda a sua propriedade. Na Amazônia Legal, onde se misturam biomas diversos, áreas que tinham autorização para 20% de RL de repente passaram para o regime de 80%.

Acrescente-se que, em alguns casos, a atividade econômica torna-se absolutamente inviável em apenas 20% da área total adquirida pelo proprietário, ou seja, para utilizar 200 hectares, são necessários 1 mil.

As alterações na legislação e a exigência da recuperação de áreas já ocupadas em pequenas propriedades trouxeram consequências sociais de tal gravidade que obrigaram o governo, por Decreto, a adiar a entrada em vigor de alguns dispositivos legais.

Entre essas consequências, figuram o risco da reconcentração da propriedade da terra pela inviabilização econômica dos pequenos e médios agricultores e o risco de desnacionalização da terra no Brasil, uma vez que os custos ambientais tornam-se insustentáveis para os agricultores locais mas viáveis para investidores de outros países.

O Brasil possui 5,2 milhões de propriedades, das quais 3,8 milhões de até quatro módulos fiscais, que são consideradas pequenas. As grandes respondem por uma produção pautada principalmente para a exportação, e as médias variam de acordo com cada região do País.

As propostas de solução para o impasse apresentam diferenças importantes.

O professor Sebastião Renato Valverde, da Universidade Federal de Viçosa, simplesmente defende o fim da RL, o que não corresponde ao meu ponto de vista. Estou disposto a manter a RL no meu relatório, adaptando-a à realidade econômica e social do campo brasileiro. Creio, entretanto, importante que vocês conheçam a opinião do professor da UFV (quem se interessar, pode solicitar artigos do professor para meu gabinete).

Há ainda quem defenda que as pequenas propriedades sejam isentadas da obrigação de RL, permanecendo apenas a exigência da APP para a proteção do solo e dos recursos hídricos.

Outros advogam que a RL seja transferida da referência da propriedade para o bioma e a bacia hidrográfica. Os rios de primeira geração (aqueles que desaguam no oceano), seus afuentes (segunda geração) e o afluente do afluente (terceira geração) teriam, além da APP, a RL anexa.

Os técnicos e cientistas que defendem essa posição o fazem a partir da convicção que, próxima dos rios, as RL’s cumpririam a função de corredor ecológico, sustentando a reprodução da fauna, mesmo na cadeia alimentar necessária para os mamíferos superiores. Além disso, protegeriam a flora em escala mais eficaz do que pequenas RL’s distribuídas por propriedades.

Outros afirmam que a unidade a ser protegida por RL deve ser o bioma, pouco importando se 80% da Amazônia está preservada em propriedades, parques nacionais, unidades de conservação, RL’s coletivas e assim por diante.

Como se vê, é possível encontrar soluções criativas e adequadas para proteger a natureza e os produtores brasileiros de alimentos para o mercado interno e para exportação.

A APP, como já disse na carta anterior, está voltada para defender a fragilidade do solo e da água, embora seja insuficiente para alcançar esses objetivos sozinha. Vi casos de represas cercadas de uma bela e verde APP, mas cuja água recebe o esgoto de centenas de milhares de pessoas. Essa APP não conseguiu proteger a água.

Pesquisadores da Embrapa questionam duramente a ideia da mata ciliar, aquela que protege as margens dos rios, riachos e lagoas, ter o parâmetro único da medida em metros. Eles opinam que a largura da APP deve considerar a natureza do terreno da margem do rio e do solo que a constitui. Quanto maior o declive do terreno, maior deve ser a mata ciliar, argumentam. Da mesma forma, quanto mais frágil o solo (tipo arenoso), também maior deve ser a proteção. Em sentido inverso, sustentam que em terreno plano e de solo consistente (argiloso) a APP pode ser proporcionalmente reduzida. Aconselho que as medidas para a mata ciliar derivem de estudos técnicos em boa parte disponíveis, e não de uma proposta aleatória, sem referência na realidade.

Disponho da exposição do pesquisador Gustavo Ribas Cursio, que trata do assunto e que vocês também podem solicitar.

Atenciosamente,

Aldo Rebelo

Obs.1: Aos que solicitaram informações sobre a ONG Greenpeace, segue abaixo uma esclarecedora entrevista publicada na revista Veja.

Obs.2: O jornal Valor Econômico publicou uma entrevista comigo sobre Código Florestal. Está em http://www.aldorebelo.com.br/?pagina=entrevistas

REVISTA VEJA
Edição 1338, ANO 27, 4 de maio de 1994

OS PODRES DOS VERDES




O autor de três filmes com ataques contra o Greenpeace diz que a maior entidade ecológica do mundo tem contas secretas, é corrupta e mentirosa

André Petry

O islandês Magnus Gudmundsson, 40 anos, já plantou muitas árvores na vida. Na juventude, fazia excursões a uma região da Islândia, país situado no extremo do Hemisfério Norte, só para plantá-las. “Devido ao frio, temos poucas árvores. Mas se plantadas, elas sobrevivem. Na região a que eu ia hoje há uma pequena floresta”, diz. O jovem ecologista tornou-se o inimigo número 1 do Greenpeace, a barulhenta organização ecológica com 5 milhões de filiados em trinta países. Jornalista, Gudmundsson foi escalado em 1984 para cobrir uma eleição na Groelândia. Lá, viu o estrago que uma campanha do Greenpeace estava provocando nos esquimós co a proibição da caça da foca. Tomou um empréstimo no banco e produziu um documentário, em 1989, denunciando a entidade: “A intenção era fazer só um. Mas o Greenpeace passou a me atacar onde pode. Agora, estou empenhado em mostrar que eles não produzem consciência ecológica. Produzem manipulação e histeria”, afirma.

Em 1993, fez outros dois, um deles agraciado como o melhor documentário do ano na Escandinávia. Todos são reportagens com pesadas acusações ao Greenpeace. Com a exibição dos documentários, que lhe renderam no total 50 000 dólares, Gudmundsson tem causado estragos ao Greenpeace. “Na Suécia, o Greenpeace tinha 360 000 militantes. Já perdeu um terço. Na Dinamarca, o número caiu à metade. Na Noruega nem existe mais. Eles só têm meia dúzia de funcionários no escritório de Oslo”, diz.

Na briga, Gudmundsson desembarca nesta semana no Brasil para colher material para um quarto documentário. Já mandou cópia de seus filmes ao Brasil, mas nunca teve notícia de seua exibição. Casado com uma historiadora, pai de um rapaz de 20 anos e de uma menina de 15, Gudmundsson vive com a sua família em sua cidade natal, Reikjavik, a capital da Islândia. É dono de uma produtora de vídeo, que trabalha para empresas privadas. Na semana passada, ele deu a seguinte entrevista a VEJA:

Veja – O Greenpeace é uma organização ecológica séria?

Gudmundsson – O Greenpeace se apresenta como uma entidade que quer proteger o meio ambiente. Na verdade, é uma multinacional que busca poder político e dinheiro. E vai muito bem. Tem poder, uma enorme influência na mídia no mundo inteiro e recolhe 200 milhões de dólares por ano. David McTaggart, que presidiu o Greenpeace por doze anos, é o dono da entidade. A marca Greenpeace está registrada no nome dele na Câmara de Comércio de Amsterdã, na Holanda.

V – É uma empresa privada?

G – Sim. Quem quiser fundar um escritório do Greenpeace tem de pagar ao senhor McTaggart pelo uso da marca. Funciona como um sistema de franquia. O Greenpeace é o McDonald’s da ecologia mundial. Cada escritório no mundo é obrigado a mandar um mínimo de dinheiro por ano para Amsterdã, a sede do Greenpeace International. Oficialmente, deve mandar 24% do que arrecada. Também existe uma cota mínima de contribuição. Só que é tão alta que há escritórios, como o da própria Holanda, que chegam a mandar 60% do que recolhem. Quem não faz dinheiro cai fora. Na Dinamarca, eles demitiram o pessoal todo. Na Austrália também.

V – Não é um meio lícito de sustentar a organização?

G – Deveria ser. Mas no Greenpeace há desvio e lavagem de dinheiro. Quem diz isso é Franz Kotter, um holandês que foi contador da entidade em Amsterdã. Kotter mexia com o dinheiro em contas bancárias secretas. O Greenpeace tem pelo menos dezessete contas secretas em nome de entidades também secretas. O governo francês pagou ao Greenpeace 20 milhões de dólares de indenização por ter afundado o navio Rainbow Warrior, na Nova Zelândia, em 1985. O dinheiro foi depositado na conta do Greenpeace em Londres, mas não ficou lá nem trinta segundos. Foi transferido para uma conta secreta no Rabo Bank, na Holanda. Essa conta está no nome de uma entidade chamada Ecological Challenge. Examinando os registros, descobrimos que a entidade pertence ao senhor McTaggart. Kotter diz que há pelo menos 70 milhões em contas secretas.

V – O Greenpeace engana os 5 milhões de pessoas que são filiadas à entidade?

G – Eles enganam mais do que 5 milhões de pessoas. Existe um bom exemplo disso. Em seus filmes, manipulam o público produzindo cenas forjadas. Foi o que fizeram em 1978, no Canadá. É a cena de um caçador torturando um filhote de foca. O caçador puxa uma corda arrastando a foca pela neve, deixando um rastro de sangue, enquanto a mãe-foca dá pinotes atrás da cria, querendo alcança-la num gesto de desespero. Em seguida, há um close na cara da foca-mãe. O bicho aparece com um olhar quase humano de tristeza. Qualquer espectador fica indignado com o que vê. Mas, através de um computador da Otan que analisa fotos de satélites, foi possível provar que a cena não era um flagrante de trinta segundos, como o Greenpeace dizia. O computador analisou a extensão das sombras na neve e chegou à conclusão de que a filmagem durou entre duas e três horas. Era um vídeo para mostrar o tratamento cruel que os caçadores infligiam às focas. Mas quem organizou a tortura foi o Greenpeace.

V – Esse episódio não pode ser uma exceção?

G – A armação é uma prática. Em 1986, houve outra, O pessoal do Greenpeace pegou um grupo de adolescentes na Austrália e, por duas semanas, promoveu bebedeiras com os jovens. No fim, convenceram o grupo a matar e torturar cangurus. Os jovens estavam bêbados. Aliás, quem filmou a “matança de cangurus” foi o mesmo câmera da armação das focas, Michael Chechik. A cena é horripilante. O grupo maltrata os cangurus e corta a barriga de uma fêmea para retirar de seu útero um feto que se mexe freneticamente. É impressionante. Na ano passado, o porta-voz do Greenpeace na Suécia, Goakim Bergman, admitiu num programa de televisão que a cena fôra forjada. Eles promovem as atrocidades a atribuem-nas aos nativos para promover a sua causa. É um absurdo e uma incoerência. Se a causa é boa, não é preciso manipular.

V – Evitar matança de focas ou cangurus não é uma boa causa?

G- Não sou contra a ecologia. Sou contra a manipulação e a mentira. Com essa farsa, que tipo de consciência mundial ecológica esses grupos estão ajudando a criar? Não é consciência, é histeria. Eles ajudam as pessoas a pensar que estamos à beira de uma catástrofe planetária. Muita gente, embalada por essa balela, dá dinheiro para esses grupos. Gostaria que estivessem dando dinheiro para a pesquisa científica. É a partir dela que se encontrarão as soluções para os problemas ambientais. E não pelo enriquecimento de tipos sem escrúpulos, como David McTaggart, que usa a ecologia para ganhar dinheiro.

V – O senhor tem provas disso?

G – A vida dele é a prova. Na década de 60, o atual presidente de honra do Greenpeace saiu do Canadá e foi morar na Califórnia. Deu um golpe na mulher, na sogra e numa família do Estado do Colorado. Entrevistamos a sogra e o senhor Wells Lange, do Colorado. Só a família Lange levou um prejuízo de 10 milhões de dólares. McTaggart roubou todo mundo e sumiu. Foi reaparecer na década de 70 na Nova Zelândia. Nessa época, ficou sabendo que o Greenpeace queria um barco para fazer um protesto no Pacífico. McTaggart tinha um. Ofereceu seu barco e foi ao protesto. Depois disso, decidiu aderir à organização, afastou seus fundadores e passou a ter controle sobre tudo. Mas quem ler a biografia oficial dele feita pelo Greenpeace dará boa gargalhadas. Lá, está dito que McTaggart era uma homem de negócios bem-sucedido na Califórnia que, depois de muito rico, resolveu largar tudo para defender o planeta. Voou para a Nova Zelândia e lá entrou para a entidade, Tudo balela. Antes de ir ao protesto náutico de Greenpeace na Nova Zelândia, ele estava preso por contrabando de relógios suíços. É um picareta notório, que vive hoje numa mansão no interior da Itália.

V – O senhor não vê nenhum dado positivo no trabalho que as entidades ecológicas promovem?

G – Os grupos ecológicos são importantes e têm um papel muito sério a executar no mundo. Mas as organizações ecológicas precisam ser críveis, evitar histeria. Promover um trabalho racional e científico. Elas deveriam canalizar seus esforços para conservar o meio ambiente, e não para destruir a sobrevivência de muitas comunidades. O homem tem que viver da natureza, e não a natureza viver à custa do homem.Costumo dizer que é preciso conservar a natureza e não preservá-la. Explico. “Preservar” uma floresta significa deixá-la intocada. Mas “conservar” uma floresta implica descobrir meios de explorá-la para o bem da humanidade. Há ecologistas que desrespeitam os seres humanos. Vi uma vez, na numa reunião ecológica na França, um índio brasileiro. Levaram o índio para lá e o colocaram em exposição como um animal raro. Diziam o que devia fazer, onde sentar, quando levantar. Depois, todos ficaram tomando uísque, conversando. O índio ficou num canto, sozinho. Tive pena de sua solidão.

V – Não existe uma entidade ecológica séria?

G – Os grupos sérios que conheço atuam em âmbito local. Há um grupo seriíssimo na Noruega, por exemplo. É o Bellona, que faz trabalha contra a poluição ambiental. Faz um trabalho científico. É tão positivo que quando descobre alguma coisa errada numa indústria os primeiros a lhe dar atenção são os empresários. Um grupo ecológico não pode encarar a indústria como um monstro. As indústrias foram erguidas pelo homem porque a humanidade precisa delas. Só deve aprender como usá-las com o menor dano possível à natureza. Proibir a caça da foca na Groelândia ou a produção de madeira na Amazônia é um cinismo porque destrói o meio de vida de comunidades inteiras. Há que evitar o extermínio das focas ou a destruição da Amazônia, mas não se pode destruir o homem. A humanidade não está dividida entre os verdes e os monstros. Queremos todos sobreviver.

V – As grandes organizações ecológicas nunca trouxeram benefício?

G – O Greenpeace fez o governa da França parar de promover testes nucleares na atmosfera. Sou inteiramente a favor dessa proibição. Não sou especialista em testes nucleares, mas não me agrada a idéia de explosões nucleares, pelo prejuízo que trazem ao meio ambiente. O problema é quando isso se torna um amontoado de mentiras. Se as explosões são ruins, isso não quer dizer que a energia nuclear também o seja. Sou a favor da energia nuclear para fins pacíficos. Mas já vi propaganda ecológica mostrando um sapo de três pernas que se criou perto de uma usina nuclear nos Estados Unidos. Era mentira. Não se mostrou nenhuma evidência científica de que o defeito tenha sido provocado pela radioatividade.

V – Há mentiras sobre tudo?

G – Já se chegou ao delírio de afirmar que o Brasil destrói, por dia, na Floresta Amazônica uma área igual à da Alemanha. Fiz os cálculos. Se fosse verdade, a floresta inteira estaria no chão em menos de um mês. Também se mente sobre a caça das baleias. Venderam a idéia de que era preciso preservá-las. Há setenta espécies de baleia, e algumas nunca foram caçadas porque não dão boa carne para o consumo humano. Na virada do século, aí sim, as baleias corriam o risco e os próprios países que costuma caça-las tomaram medidas para evitar sua extinção. Essa é uma questão muito antiga, mas os ecologistas parece que tomaram conhecimento dela agora. Na década de 80, o Greenpeace, sem nenhuma base científica, inventou de proibir a caça à baleia. De lá para cá, protegeu-se tanto as baleias que meu país, a Islândia, se encontra à beira de um desastre ecológico. Elas são tão numerosas que comem 1,5 milhão de toneladas de peixe por ano, mais que todos os pescadores do país conseguiram pescar nesse período.

V – O senhor e sua família comem carne de baleia?

G – Claro. É uma tradição cultural na Islândia. É quase como proibir os brasileiros de comer arroz com feijão. Como carne de baleia sem remorso, assim como meus antepassados fizeram há milênios. Nem por isso quero o extermínio das baleias. Quero que existam, em abundância, mas a serviço da sobrevivência humana. A proibição da caça à baleia só foi aprovada por causa da corrupção dos ecologistas.

V – Como assim?

G – O Greenpeace usou 5 milhões de dólares para subornar os delegados de pelo menos seis países na Comissão Internacional de Caça à Baleia. Foram os delegados de Costa Rica, Santa Lúcia, Antígua, São Vicente, Belize e Seyschelles. Houve casos em que militantes do Greenpeace sentavam à mesa de negociações como se fossem delegados de governo. Quem conta isso é um biólogo marinho, Francisco Palaccio, que trabalhava para o Greenpeace. Ele dispunha de 5 milhões de dólares, depositados num banco das Bahamas, para subornar os delegados. Pagava viagens turísticas ao exterior para eles e suas mulheres com hospedagem em hotéis de luxo. Na década de 80, o Greenpeace conseguiu maioria para aprovar a proibição da caça à baleia. O próprio Palaccio sentou-se com a comissão como delegado de Santa Lúcia. A assessoria científica da comissão já fez um estudo alertando que a proibição da caça à baleia é uma aberração e está causando problemas ecológicos.

V – Se não são sérias, como as entidades ecológicas conseguiram tanto ao redor do mundo?

G – Eles fazem mais barulho do que recolhem apoio. Vi um protesto de jovens em Washington na frente de um restaurante que servia peixes da Islândia. O protesto acabou quando as luzes das televisões foram desligadas. Então, o Greenpeace pagou 5 dólares para cada um dos presentes e eles foram embora. Falei com alguns dos manifestantes. Muitos não sabiam a razão do protesto nem onde fica a Islândia. Isso é barulho, não é apoio. Mas, mesmo que se admita que tenham apoio, em parte isso se deve à idéia fácil que vendem. Fazem uma propaganda de tal modo que fica parecendo que quem não é ecologista é favorável à destruição da Floresta Amazônica ou quer matar todos os cangurus da Austrália. Ninguém quer isso. Nem os madeireiros da Amazônia nem os caçadores de canguru. Mas os grupos ecológicos usam argumentos emocional para defender sua causa. E, em geral, são contestados com argumentos técnicos. Os argumentos emocionais pesam mais para a maioria das pessoas. Afinal, nem todos temos informações técnicas, mas todos temos coração.

V – A propaganda de produtos naturais não ajuda a formar uma consciência ecológica?

G – Na maioria dos casos ajuda a encher os bolsos de quem vende. O ambientalismo movimenta bilhões de dólares por ano. Um executivo de uma entidade ecológica nos Estados Unidos ganha mais de 10 mil dólares por mês. Mas não são só eles. Anita Roddick, a dona da famosa Body Shop, que se vangloria de só vender cosméticos ecológicos, ganha dinheiro à beça. Estive com ela uma vez numa palestra. Ela disse que os produtos ecológicos da Body Shop não são testados em animais para não fazê-los sofrer. É mentira. Roddick vende os cosméticos nos Estados Unidos, onde a lei só permite que sejam comercializados se forem testados em animais. Ela não está preocupada com a ecologia, quer apenas fazer dinheiro.

V – O senhor não tem receio de estar sendo manipulado pro governos com interesses na caça à baleia ou indústrias poluentes?

G – Sou procurado por todo tipo de gente. Por políticos que querem manipular minha mensagem ou fabricantes que causam um dano enorme à natureza. Sou jornalista, atendo a todos os telefonemas porque podem ter informação importante para me fornecer. Mas não trabalho para ninguém nem jamais aceitei dinheiro de nenhum órgão. Como jornalista, estou procurando a verdade. Faço conferências para quem me convidar. Falo para partidos de esquerda ou direita, para empresários ou grupos ecológicos. O Greenpeace me acusa de várias coisas, dependendo do país. Na Europa, dizem que estou vinculado a esquadrões da morte latino-americanos. Nos Estados Unidos, dizem que sou anti-semita ou pertenço à seita Moon. Enfim, há de tudo.

V – O senhor gostaria que seus filhos tivessem militância ecológica?

G – Só me preocuparia se entrassem para uma entidade tipo Greenpeace. Nenhum pai ficaria tranqüilo vendo seu filho ser manipulado.




Esta mensagem é uma resposta ao abaixo-assinado do Greenpeace. Se você não pretende aprofundar a discussão sobre o Código Florestal

sexta-feira, 4 de junho de 2010



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sábado, 29 de maio de 2010

Gentileza gera gentiliza

  Gentileza Gera Gentileza é uma ação social, criada para espalhar as mensagens de amor e paz deixadas originalmente por José Datrino, o Profeta Gentileza.

A iniciativa quer trazer de volta valores esquecidos como a solidariedade e o respeito ao próximo, incentivando a adoção de pequenos atos de gentileza, ao alcance de todos nós. A idéia é que, estes pequenos atos, se praticados no dia a dia, por uma grande quantidade de pessoas, tenham um efeito multiplicador fantástico e possam melhorar a vida de todos nós.

Navegue, participe, contagie-se! Espalhe gentileza por onde você estiver!

Participe das Comunidades no Orkut

Gentileza no Orkut!ONG "Gentileza Gera Gentileza"
Gentileza

Crédito da reportagem: Blog Gaveta de Links
Acrescento ainda, que nós como bons cariocas e cristãos devemos praticar a gentileza e tornar nossa cidade ainda mais maravilhosa. "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo." (Jesus Cristo).

Imagem de um dos vários pilares contendo as mensagens do Profeta Gentileza, como era conhecido pelos cariocas, no Elevado da Perimetral, centro do Rio de Janeiro.

Imagem e caricatura feita na parede de um dos galpões que fica em baixo do Elevado da Perimetral, centro do Rio de Janeiro.

Marisa Monte - Gentileza



Fonte: “Brasil Tempo de Gentileza” – Leonardo Guelman, retirado do site
http://www.riocomgentileza.com.br
O PROFETA GENTILEZA
Quem é esse cavaleiro andante, em plena cidade contemporânea, a conduzir seu estandarte cheio de apliques, metendo-se pelos lugares, a levar sua palavra? De início, chega-nos sua estranheza, seu “deslocamento”, antes, até de sua gentileza. Vê-lo com sua bata branca pela rua é ter contato com uma figura que nos parece extemporânea. Não de um futuro, mas de uma voz que ecoa, bizarramente, um sagrado que não se mostra mais.
É a partir desse primeiro contato que se percebe que, para ele, o que nos poderia parecer um deslocamento ou desvio foi uma “opção”. O que Gentileza marca? Que dizer é esse que se transfere à própria ambiência da cidade, assentando-se nas pilastras de seus viadutos?
José Datrino era um empresário, dono de uma transportadora de cargas no Rio de Janeiro, que se viu sacudido por um acontecimento de grande força trágica: a queima de um grande circo na cidade de Niterói. Após seis dias, ele recebe um chamado divino para que deixe tudo que possuía e venha viver uma missão na Terra, assumindo uma nova identidade. Como explicar tal atitude e tal mudança de comportamento frente à realidade? Como é possível que um homem seja levado a abandonar tudo, recolhendo, de um episódio, o anúncio de um novo sentido à vida?
Nascido em 11 de abril de 1917, em Cafelândia, interior de São Paulo, José Datrino era o segundo filho de Paulo Datrino e Maria Pim, dentre os onze filhos do casal. Viveu até os 20 anos naquela região lidando diretamente com a terra, onde ajudava a família a manter-se, mesmo em épocas difíceis. Rapaz franzino, trabalhava puxando carroça para vender lenha nas cidades próximas. Algumas vezes, chegava a fazer duas viagens, numa mesma noite, para prover a família. Como lavrador aprendeu a reconhecer a riqueza da natureza. O campo ensinou também José a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, Gentileza se dizia “amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento”.
Desde os doze anos de idade, José já prenunciava uma missão. Achava que teria de “ter uma família, ter filhos, construir bens, mas que, um dia, teria de deixar tudo”. O comportamento estranho do filho levou seus pais à suspeita de que fosse acometido de loucura. Razões místicas também foram buscadas e José foi levado a curadores espíritas para que seu problema se resolvesse. Em 1937, já com 20 anos, deixa a cidade de Mirandópolis, sem avisar a família, rumando para São Paulo. Seu destino final era o Rio de Janeiro. Ao se dar conta da partida do filho, seu pai seguiu seus passos até São Paulo, mas não conseguiu interceptá-lo. Para a família, na época, o filho tinha sido levado por um guia espiritual.
José Datrino ficou quatro anos sem dar notícia a seus familiares de Mirandópolis. Conta seu irmão Pedro que, toda vez que ouvia a Maria Fumaça apitar, seus olhos se enchiam de lágrimas na esperança do retorno do irmão. Quando souberam de José, ele já estava estabelecido no Rio e pedia à mãe que lhe enviasse seus documentos.
No Rio, casou-se com Emi Câmara, com quem teve cinco filhos, “três femininos, e dois masculinos”.
O sustento de José Datrino e sua família provinha de fretes que ele também passou a fazer na cidade.

Aos poucos, fez crescer o negócio e, finalmente, estabeleceu-se com uma transportadora de cargas na Rua Sacadura Cabral, no centro da cidade. Cumpria-se seu prenúncio de infância: José Datrino constituíra família e bens; era um empresário possuidor de “três caminhões, três terrenos e uma casa”.
Com a vida “estabelecida” no Rio de Janeiro, deu-se a grande mudança na vida de Datrino. Conta Maria Alice, sua filha mais velha, que, numa noite, viu o pai atormentado por uma visita de alguém que queria tornar-se sócio de sua empresa. Com a partida da visita, José Datrino correu para o quintal, e ali cobriu todo o corpo de terra e lama. Soltou, em seguida, os pássaros e as galinhas. Este episódio marcante já revelava a intensidade daquele momento para o pai de família José Datrino: invocando o direito de reesculpir-se do barro, um novo homem fazia-se de um novo humus.
A partir de sua “revelação”, ocorrida após a queima de um grande circo em Niterói, o Profeta deixa tudo para a família e ganha uma nova identidade: JOZZE AGRADECIDO ou ainda GENTILEZA. Sua atribuição: “vir como São José, representar Jesus de Nazaré na Terra”. Curiosamente, o Profeta já sugere, em seu nome, a possibilidade de sua missão. Datrino significa, em italiano, de três, enviado pelo Trino (Trindade).
Gentileza conta que acabou sendo internado três vezes como “débil mental, como maluco”. Numa dessas internações, o “médico psiquiatra” disse à filha do Profeta que seu pai estava tomando choque à toa, pois não era maluco. No pátio do manicômio, relata Gentileza, os enfermos ficavam todos à sua volta, ouvindo sua pregação. Outro médico teria dito ao Profeta: “Gentileza, você veio aqui para nós te curar ou para você nos curar?” Depois destas passagens, Gentileza ganhou novamente a rua. A partir de então, sua figura singular passou a atrair toda sorte de atenção.
Em meados dos anos 60, com o verbo na ponta da língua e seu estandarte em punho, Gentileza se apresenta nos lugares como representante de Deus e anunciador de um novo tempo.

Profeta Gentileza (José Datrino, 11/04/1917-29/05/1996)

Aos poucos, torna-se um personagem reconhecidamente popular. Cria provérbios e máximas para alcançar as pessoas, ensina a gentileza e proclama os costumes em plena época do movimento hippie, do rock e da minisaia. Apesar de cabeludo, Gentileza divergia, em muito, dos jovens ‘contestadores’ de então. Proclamou o AMORRR espiritual, a HONRRA e o “fim dos vícios da humanidade”. Gentileza jamais aceitou dinheiro das pessoas: “é mais fácil um burro criar asas e avoar do que um centavo de alguém aceitar”. Ao contrário, denunciava: “cobrou é traidor – o padre está esmolando, o pastor tá pastando e o Papa tá papando, papão do capeta capital”. A pregação anti-capitalista constituiu a denúncia maior do Profeta. Às vezes foi tomado como comunista, tendo que explicar às “autoridades” o porquê das iniciais PC em seu estandarte (na época). Na ambigüidade criada, não se tratava de uma vinculação ao Partido Comunista, mas ao Pai Criador.
Todos esses aspectos contribuem para que, cada vez mais, Gentileza apareça e se destaque na sociedade da época. Gentileza era um caminhante incansável, que estendeu sua presença a vários bairros do Rio de Janeiro, às cidades da Baixada Fluminense, a Niterói e São Gonçalo. Entre Rio e Niterói, Gentileza consagrou-se como o “pregador da lancha”, que liga as duas cidades pelo mar; era conhecido de todos naquela travessia. Conhecido também dos médicos do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (Niterói), para onde foi levado, inúmeras vezes, por policiais.
Em fins dos anos 60, o Profeta inicia uma série de viagens que o tornarão conhecido no interior do País. Nessa época, retorna a Mirandópolis reapresentando-se como Profeta Gentileza. Em 1970, parte para o interior de Mato Grosso, rumo a Campo Grande e Aquidauna (atual MS), para pregar a gentileza. Nessa última urbe, sofreu sua primeira grande adversidade como profeta: foi detido por policiais que o conduziram à delegacia. O delito cometido era o de estar pregando sem a Bíblia na mão. Pelo fato de assim constituir uma ameaça ao bem público, Gentileza ficou uma noite preso, tendo seu cabelo cortado e seu estandarte quebrado.
Que mal fez esse homem? – dizia a manchete do jornal de Campo Grande, para onde Gentileza se deslocou depois do ocorrido. Quanto ao fato de pregar sem a Bíblia, o Profeta cunhou uma frase lapidar: “Quem é mais inteligente, o livro ou a sabedoria? Não é a sabedoria? Então eu sou a sabedoria, nós somos a sabedoria de Deus.”
Passado o susto, o Profeta prossegue em sua missão. Ao retornar ao Rio, inaugura um novo estilo. Confecciona uma cartola, às avessas do Tio Sam, onde assinala seus preceitos e virtudes. Com nova indumentária e um álbum a tiracolo repleto de matérias jornalísticas a seu respeito, Gentileza torna-se, novamente, assunto dos jornais que o chamam de “Profeta Tropicalista” e “Chacrinha da Calçada”.
No Rio de Janeiro, a maior marca de Gentileza era seu constante deslocamento pela cidade. O Profeta poderia ser visto, num mesmo dia, transitando nas barcas, na Praça XV, pregando na Central do Brasil, na Presidente Vargas e nas imediações da Rodoviária Novo Rio. A caracterítica comum desses lugares era o grande fluxo de pessoas.
Para tal, Gentileza lança mão de uma simbologia religiosa que desperta a atenção pelos signos dos quais se vale e pelo acréscimo de letras nas palavras. Essa forma singular de apresentar-se, marca a apropriação de uma simbologia trinitária e quaternária que Gentileza desenvolve em sua linguagem: o UNIVVVERRSSO é a criação conjunta de F/ P/ E (Pai, Filho, Espírito) em VVV e duplamente participação em RR e SS. Assim como o AMORRR ao qual ele sempre se referia: “amor material se escreve com um R, amor universal se escreve com três R: um R do Pai, um R do Filho, um R do Espírito Santo – AMORRR”. Esta mesma marcação aparece em F/ P/ E/ N, incorporando um quarto termo (N) SSENHORRA em sua visão religiosa. Para o Profeta, todos estes termos manifestam gentileza, reafirmando a extensão de sua simbologia. Em última instância, a eficácia de sua alternativa recolhe sua força do alcance de seu próprio desígnio e daquilo que este é capaz de promover: GENTILEZA GERA GENTILEZA, nos convoca o Profeta, proclamando um Princípio ético e divino no mundo.
Esta obra, agora recuperada, constitui uma cartilha com os preceitos básicos de Gentileza à população. É um Livro Urbano, onde cada pilastra é uma página e a leitura é feita à janela dos veículos que por ali passam continuamente. Assim como o episódio do circo inscreveu Gentileza na memória popular, suas viagens pelo Brasil e suas inscrições, perenizadas na entrada do Rio de Janeiro, fizeram dele um dos maiores personagens populares do Brasil. A estrutura dos seus escritos e sua grafia, uma vez vistos, tornam-se inconfundíveis. No início dos anos 90, com a obra concluída, Gentileza costumava ficar ao lado da pilastra 1, sentado numa cadeira, acenando para todos como se estivesse na varanda de sua casa.
Gentileza era muito atento aos acontecimentos públicos: concentrações populares, comícios e passeatas eram sempre um motivo para que o Profeta pudesse levar sua mensagem às pessoas. Uma dessas últimas ocasiões foi a ECO 92, no Rio de Janeiro, onde ele conclama as nações e os presidentes ao uso da gentileza.
A partir de 1993, sua saúde fragiliza-se. Após uma queda, que lhe ocasionou uma fratura na perna, o Profeta já não possuía mais a mesma disposição que o levava, dantes, sem restrição, a todos os lugares. Acometido também de problemas circulatórios, sente cada vez mais dificuldade em andar. No início de 1996, decide retornar a Mirandópolis, São Paulo, próximo a sua cidade natal, onde vem a falecer no dia 29 de maio, aos 79 anos.
Clique abeixo e acesse:
http://www.riocomgentileza.com.br.